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| foto divulgação |
Quando Renato Freitas, 27 anos, fazia fotocópias do material para as aulas da faculdade, um pensamento era recorrente: "Bem que isso tudo poderia estar disponível na internet". E foi com base nessa ideia que, em 2006, criou uma rede social para universitários, o ebaH!. Assim como seu primo mais famoso, o Facebook, o ebaH! surgiu dentro da universidade, a USP. O site serve para estudantes trocarem arquivos de estudo relacionados à sua área profissional. Lá os usuários encontram apostilas, exercícios ou mesmo anotações de outros alunos.
No primeiro mês, a meta era conseguir mil pessoas cadastradas, o que foi atingido só no boca a boca e com a colagem de cartazes pelo campus da USP. O sucesso fez Freitas tocar o projeto e, com cinco anos no ar, o ebaH! já tem mais de 1 milhão de usuários, sendo que, por dia, há 3 mil novos cadastros. E nem só alunos e ex-alunos que aderiram à iniciativa. Muitos professores também utilizam a rede para compartilhar conteúdo de aula com os estudantes da sua disciplina.
"Em vez de gastar dinheiro com cópia de material, você encontra o conteúdo ali. Ainda é mais fácil de pesquisar e de indicar o arquivo para os amigos", explica Freitas. O fundador é formado em Engenharia Mecatrônica, mas foi ele mesmo quem arquitetou o site. "Eu não era expert em computação, me desenvolvi bastante depois do projeto, mas já sabia bastante", recorda. O nome, ebaH!, foi inspirado em outro gigante da internet, o Yahoo!. Freitas queria um nome abstrato, jovem, fácil de decorar e que lembrasse uma interjeição.
Quando a ideia começou, Freitas montou uma página em que era possível apenas subir e baixar arquivos. Porém, com o sucesso da rede, em 2007 o ebaH! virou rede social. Aí os usuários puderam formar comunidades dos seus cursos ou faculdades, trocar informações entre si em fóruns de discussão. Os alunos ainda criam grupos de estudo a partir do portal e buscar pessoas com o mesmo interesse acadêmico. Entre os usuários, os mais participativos costumam ser os da Administração, da Engenharia ou das exatas em geral. Porém, o material é bastante diversificado.
Outra ideia similar no mercado é a recente Mebox, que nasceu em fevereiro. A ideia surgiu da fusão de uma revista eletrônica que continha artigos científicos com o conceito de rede social. Agora, não há apenas artigos de professores, já que todos que quiserem participar podem compartilhar informações e debater temas, especialmente o que está relacionado à educação. O diferencial da Mebox é que não é preciso ser cadastrado para baixar os arquivos. "O webespectador pode olhar tudo, só pedimos login quando ele quiser compartilhar alguma informação, conversar com outro usuário", diz o sócio da iniciativa, Claiton Muriel.
Estudo feito pelo Ibope Mídia com mais de 8 mil pessoas em 11 regioes metropolitanas do Brasil confirma que as redes sociais viraram uma paixao nacional. Em Florianópolis, 82% dos entrevistados acessam alguma rede. No Grande Rio esse percentual é de 74% e em Sao Paulo chega a 64%. Essa turma tende a aumentar ainda mais, veja - entre os que nao entraram nas redes sociais, 1/3 tem intençao de participar. Outra conclusao do estudo é que rede social vicia - para você ter uma ideia, 62% de toda essa gente acessa as redes todo santo dia e 1/3 fica conectado pelo menos uma hora diariamente. O principal local de acesso é a residência, seguido pelas lan houses. O acesso pelo celular ainda é baixo, mas deve crescer nos próximos anos.
Para 82% dos brasileiros o Orkut foi a porta de entrada para esse mundo e ainda hoje é a rede mais acessada no Brasil. Porém, metade dos frequentadores do Orkut atualmente entra no site menos que no passado. Ganham terreno o Facebook e o Twitter, especialmente na classe A.
Muitos brasileiros estao substituindo emails e torpedos por mensagens postadas nas redes sociais. Mas a motivaçao principal é mesmo relacionamento - nada menos que 54% dos pesquisados admitem que quando acessam as redes nao se sentem sós. Em média, cada brasileiro tem 273 amigos nestes sites.
Finalmente, a pesquisa revela que as marcas sao bem vindas nesse universo. Mas precisam se adaptar - afinal, nao tem nada pior do que fazer publicidade tradicional nesse novo mundo.
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